Desta vez o encontro de solstício de verão da Associação de Defesa do Património de Torres Novas (ADPTN) foi dedicado aos 40 anos da Reserva Natural do Paul do Boquilobo e às questões do património natural. Domingo, dia 21 de junho, ao final da tarde, no Largo do Paço, Ana Sofia Ligeiro, presidente da associação, começou por enquadrar o historial de classificações da reserva ao longo deste período e apresentar os convidados, Fernando Faria Pereira, arquiteto paisagista, e Jorge Salgado Simões, geógrafo. Fernando Faria Pereira efetuou
uma apresentação da reserva quanto ao território, explicando o contexto e relevância daquela zona húmida, do ponto de vista da biodiversidade com destaque para vegetação e avifauna, e também quanto às actividades de visitação, às ameaças e à centralidade que deve ser dada ao objetivo da conservação da natureza. Jorge Salgado Simões salientou que os anos 80 do séc. XX foram uma fase importante com a criação das duas áreas protegidas no concelho, o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros ainda em 1979 e a Reserva do Paul do Boquilobo em 1980.
Sobre esta lembrou que em 1986 a ADPTN reclamava publicamente que fosse dotada de meios humanos e técnicos, que fossem adquiridos mais terrenos e que se atua-se sobre a poluição do rio Almonda, defendendo que é necessário valorizar este património que herdámos e que deve ser alvo de investimentos que permitam aprofundar a conservação e a promoção da biodiversidade.
Através de um pequeno questionário lançado aos participantes, foram recolhidas algumas ideias sobre propostas para a Reserva que a ADPTN compilará em documento síntese do encontro, que contou ainda com uma fase de debate em torno de temas como a poluição, a utilização de recursos ou as actividades de visitação naquela área protegida.