“Sinto muito a falta da mota. Sinto mesmo saudades.Da mota e da competição. Eu fazia cerca de três ou quatro treinos por semanae agora não posso. E isso mexe com o meu psicológico”
1. Sou piloto de motocross. Comecei a andar de mota com três anos e a primeira corrida que fiz foi aos cinco anos na minha terra, em Alqueidão. Desde aí, tem sido um caminho de evolução, com muitos treinos. Já tenho três títulos nacionais. E não quero parar. Quero evoluir de ano para ano e alcançar outros objetivos.
2. O Motocross oferece-me muita adrenalina e é isso que me faz puxar. Eu gosto muito de motas e enquanto sentir que é isto que eu gosto de fazer, não vou parar. Porque eu sou muito feliz a andar de mota.
3. Eu tenho a sorte de viver numa aldeia perto da serra. Por isso, para ultrapassar melhor a situação, tenho ido caminhar e correr para a serra. Não posso andar de mota porque as pistas estão todas encerradas e é muito perigoso. Tenho de ter calma e paciência. E esperar que isto passe depressa.
4. Com esta situação não ando de mota há um mês, mas vamos ver como é que as coisas se vão desenrolar. Vou fazendo treinos físicos, não a cem por cento, mas a cinquenta por cento. E vou tentando adaptar o melhor possível.
5. Sinto muito a falta da mota. Sinto mesmo saudades. Da mota e da competição. Eu fazia cerca de três ou quatro treinos por semana e agora não posso. E isso mexe com o nosso psicológico.
6. Não sabemos ainda se esta época já acabou. Estamos à espera de saber se ainda vão haver corridas ou não. E se ainda houver corridas, vai ser muito complicado. Porque não é de um dia para o outro que conseguimos voltar à forma. Além disso, no Motocross as organizações precisam muito dos patrocinadores e parece-me que agora não irão existir muitos patrocínios para as provas, porque as empresas estão paradas. Para 2021, o objetivo vai ser o de sempre, que é o de ganhar. Quero vencer o Campeonato.
7. Que não desistam e que continuem a treinar todos os dias. Que corram e encontrem outras alternativas. Não parem.